terça-feira, 6 de novembro de 2007

Congresso da UBM-SP mobiliza 400 mulheres de 21 cidades

Cerca de 250 mulheres de 21 municípios e 11 regiões da capital participaram do Congresso Estadual da UBM neste sábado, 27 de outubro, realizado na capital paulista. Apesar da chuva forte que caiu pela manhã, as delegadas não desanimaram. Carregando faixas e cartazes, foram aos poucos lotando o auditório do Sindicato dos Marceneiros. No processo preparatório a UBM realizou diversas plenárias municipais em regiões da capital e por segmento (juventude, sindicalistas, movimento comunitário etc.), mobilizando cerca de 400 mulheres.
A mesa de abertura contou com a participação de ONG´s e entidades do movimento feminista e de mulheres, como a Confederação das Mulheres do Brasil, Gelédes, e Católicas pelo Direito de Decidir (CDD). Além disso, representantes da Facesp, Unegro e Apeoesp, da coordenação nacional da UBM, Liege Rocha, e a presidente estadual do PCdo B, Nádia Campeão, estiveram presentes.

Dulce Xavier, das CDD, Eliane Custódio, da Geledés, e Maria de Fátima Monteiro, da Confederação, destacaram a longa e efetiva parceria de suas entidades com a UBM nas lutas em defesa dos direitos e reivindicações femininas. Veruska Franklin, presidente da Facesp, destacou a importância da participação das mulheres do movimento comunitário.

Encerrando a mesa de abertura, Nádia Campeão falou sobre a importância da participação política das mulheres, destacando suas inserção nos partidos políticos.

Em seguida, Liege Rocha falou sobre a história e os desafios da UBM, que realizará seu 7º Congresso Nacional nos de 22 a 25 de novembro em Luziânia, Goiás.

Olivia Rangel falou sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho e o empoderamento das mulheres.

Na parte da tarde, Rosa de Lourdes, da Regional de São Paulo da Rede Feminista de Saúde e Lenira Silveira, da Casa Eliane de Grammont, falaram respectivamente sobre direitos reprodutivos e legalização do aborto e sobre violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha. Seguiu-se intenso debate na plenária sobre os dois temas.

No início do debate chegou a atual presidente da Federação Democrática Internacional de Mulheres, Márcia Campos. Convidada para compor a mesa, ela falou sobre a importância da participação feminina na luta antiimperialista e pela paz.

O Congresso apoiou uma moção de repúdio aos juízes que têm se recusado a aplicar a Lei Maria da Penha, destacando em especial a postura retrógrada do juiz Edílson Rodrigues de Sete Lagos, Minas Gerais, que considerou as mulheres “diabólicas”. Também aprovou moção de apoio à legalização do aborto.

Ao final foi eleita a nova coordenação estadual da UBM, encabeçada por Rozina de Conceição de Jesus.

Por Olivia Rangel,de São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário