O horror e as cenas das primeiras horas do desembarque tornaram-se parte de um mito hollyoodiano. Balsas superlotadas chegando sem parar, homens lutando para se livrar de minas e praias varridas pelo fogo inimigo, enquanto tentavam “estabelecer uma cabeça de ponte”, (jargão militar que significa uma base avançada em uma invasão desse escalão). Menos familiar, no entanto, foi a guerra secreta travada por trás da operação Overload; um embate tão confidencial que até hoje muitos dos seus detalhes continuam pouco conhecidos, envolvendo medidas e contramedidas, sendo ainda uma guerra travada na fronteira do conhecimento secreto. Os alemães já haviam encontrado uma trilha nesse sentido, e os ingleses, juntamente com os americanos tentavam segui-la.
Os alemães sabiam que a invasão era iminente, e o mais famoso comandante do III Reich, o marechal-de-campo Erwin Rommel (a raposa do deserto, como era conhecido), tinha sido encarregado de organizar a construção da muralha do Atlântico com defesas na França. Para manter a incerteza até o último minuto foi lançada a operação Fortitude, cujo objetivo era o de persuadir o inimigo de que o desembarque ocorreria no Passo de Calais em vez das praias normandas. Primeiro, foi inventado um tráfego de mensagens a rádio, para todo um exército fantasma baseado no sudeste da Inglaterra e cujo comando estava a cargo de um dos mais temidos generais americano, George S. Patton Jr. Depois, especialistas em radares também se uniram ao plano para dar-lhe ainda mais credibilidade. O primeiro passo foi pôr fora de combate quase todos os equipamentos de detecção alemães, instalados na costa noroeste da França. A exceção foi um grupo de doze radares, deixados intactos para que pudessem “enxergar”, a movimentação dos navios aliados na região.
Quando o general americano Dwight Eisenhower, comandante supremo das forças na invasão reuniu-se com o seu estado maior, no dia 4 de junho para decidir o início da operação, já tinha diante de si a informação mais importante naquele momento. Graças ao processamento rápido das informações, o alto comando tinha a certeza de que Rommel e os seus exércitos não só continuavam sem noção sobre onde ou quando se daria o desembarque, como ainda acreditavam que a ação transcorreria no porto de Calais, rota mais curta entre a Inglaterra e a França. Devido ao mau tempo que precedeu imediatamente o inicio da invasão, os alemães foram completamente tomados de surpresa. Eles acreditavam que a invasão seria impossível com aquele tipo de clima não favorável. Por esta razão, vários comandantes de divisão da Alemanha, responsáveis pela defesa de partes da costa estavam ausentes, participando de uma conferência sobre jogos de guerra. Rommel estava em Berlin, festejando o aniversário da esposa e visitando Hitler. Em conseqüência disso, é que de início a reação alemã aos desembarques foi confusa e descoordenada. Somente na praia de Omaha é que os invasores encontraram dificuldades reais, pois deram com uma divisão alemã que os oficiais do serviço de inteligência aliado só localizaram quando já era tarde demais para mudar o plano de desembarque. Pelo final do dia 6 de junho, já era evidente que o primeiro dia da operação fora bem sucedido. Mesmo na praia de Omaha, os invasores se encontravam bem firmes. Contra 2500 baixas, os aliados tinham na França mais de 23000 soldados aeroterrestres, cerca de 57000 soldados de infantaria americana e 75000 britânicos, canadenses, australianos e neo zelandeses. Eles haviam vencido a primeira e mais difícil barreira da operação Overload.
Os aliados venceram um desafio; provavelmente o maior de todos. Imperturbáveis no seu comando, conseguiram executar o mais dramático acontecimento da Segunda Guerra Mundial, a operação Overload. Uma manobra que atestou a capacidade de todo grande soldado. O que Churchill chamou de “a operação mais difícil e complicada já realizada”, foi um sucesso absoluto.
Bibliografias:
1) Thompson, R. W. _ O dia D_ Ponta de lança da invasão. Ed. Rennes, 1973, Rio de Janeiro. RJ.
2) Young, Peter_ Comandos_ Os soldados fantasmas. Ed. Rennes, 1975, Rio de Janeiro. RJ.
3) Blumensom, Martim_ Eisenhower. Ed. Rennes, 1976, Rio de Janeiro. RJ.
Filmes:
1) Casablanca;
Filme em preto em branco que mostra a principal cidade marroquina, quando se deu a dominação nazista, sob auspicio francês.
2) O resgate do soldado Ryan;
O filme mostra um grupo de soldados que recebe a missão de encontrar James Ryan, um pára-quedista da 101°, que saltou no dia D e cujos os três irmãos foram mortos na guerra, e leva-lo de volta para casa. A seqüência da abertura mostra com bastante realismo, o assalto a praia de Omaha, com Tom Hanks e dirigido por Steven Spielberg.
Internet:
Filme em preto em branco que mostra a principal cidade marroquina, quando se deu a dominação nazista, sob auspicio francês.
2) O resgate do soldado Ryan;
O filme mostra um grupo de soldados que recebe a missão de encontrar James Ryan, um pára-quedista da 101°, que saltou no dia D e cujos os três irmãos foram mortos na guerra, e leva-lo de volta para casa. A seqüência da abertura mostra com bastante realismo, o assalto a praia de Omaha, com Tom Hanks e dirigido por Steven Spielberg.
Internet:
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